A matéria abaixo foi extraída do conceituado jornal Imprensa Livre, aqui da região. Entre os vários temas abordados sobre as atividades dos internos, reporto aqui a que trata da minha oficina, no link abaixo tem a matéria na integra.
http://www.imprensalivre.com/busca/top_busca.php?edit=3&id=39571
01/08/2011 09:35
Da informática à customização de bolsas, internos se preparam para o mundo lá fora
Mara Cirino
Bolsas fashions.
Esta oficina, que tem como base os três pilares da sustentabilidade – econômico, ambiental e social - é ministrada por Maria Tereza Garcez, que tem dado um novo colorido à vida desses adolescentes. Por se tratar da confecção de bolsas, Tereza admite que no início encontrou barreiras por parte dos jovens, sendo que muitas achavam que era coisa de mulher. “Alguns eram arredios e não queriam fazer. Ai vinha a cobrança no dia de visita quando algumas mães ganham o presente e outras não”. Aos poucos, eles foram aceitando e hoje, é uma das mais procuradas e os jovens se divertem durante as aulas. Quem confirma isso é ‘Alessandro’, 17 anos, também monitor do curso. Ele relata que, antes, nem passava por sua cabeça fazer bolsa e muito menos preservar o meio ambiente. Muito agitado, ele conta ainda que o artesanato tem trabalhado com sua impaciência. “Me sinto mais calmo, mais tolerante e tento passar isso para os meus colegas”. Alessandro vem de uma situação da típica família desestruturada. Seu irmão já esteve na Fundação Casa e não tem o melhor exemplo na figura do pai. Conta que sua luta atual é para que o irmão menor não entre na vida do tráfico de droga, vida que busca se reabilitar. “Penso em sair daqui e começar uma nova etapa na minha vida”, diz ele que entrega seus produtos à mãe e hoje já recebe encomendas. Quem também tem se destacado é ‘Aureliano’, 17 anos, que na última quinta-feira trabalhava em uma bolsa encomendada pela irmã. “Achei interessante e as pessoas têm gostado”. As bolsas podem ser comercializadas a preços que variam entre R$ 30 e R$ 60. Trabalhar com a customização das bolsas, na avaliação da monitora Maria Tereza, funciona como terapia e isso ela verifica no dia-a-dia dos jovens internos. “Eles começam usando tecidos escuros, que refletem aquilo que tem dentro deles, mas, aos poucos, as cores, os detalhes, vão ganhando espaço em seus corações”. Para ela, a maior dificuldade ainda é a obtenção de matéria-prima como as caixas usadas e o coador de café, um dos preferidos pelos internos para fazer as bolsas dando um ar de couro envelhecido. Para as caixas, a colaboração dos servidores da unidade tem sido crucial, pois sempre levam o material reciclado. Mas o filtro de café usado deve ser colocado ao sol ainda com a borra e só após ela estar seca deve ser jogada fora e o filtro de papel doado. Quem tiver interesse em ajudar com a doação pode entrar em contato com Maria Tereza pelo blog www.terezaecoarte.blogspot.com. Como produzir Ter uma bolsa bonita, barata e ainda colaborar com o meio ambiente é fácil. Com informações básicas, Maria Tereza Garcez dá umas dicas. Material Caixas de leite ou suco longa vida, cola, tecido, filtro de coador de papel para café usado, argolas e TNT. Como fazer Lavar as caixas, e corta-las para fazer a base da bolsa. Colar, revestir com o TNT. Aplicar o tecido da sua preferência ou o coador de café, formando mosaicos. Fazer o acabamento e colocar as aplicações e alças. Está pronta uma linda bolsa que se transforma em presente. O meio ambiente agradece.
Obs: O coador deve ser colocado ao sol para secar, para só depois ser usado.
Um comentário:
Olá Tereza, parabéns pela matéria!! Fiquei muitíssimo feliz por ver seu trabalho dando frutos tão preciosos, além de colaborar com o meio ambiente ainda ajuda esses adolescentes a descobrir caminhos alternativos para ser um ser humano melhor!! Desde que conheci seu trabalho através do youtube que fiquei encantada, já adquiri suas apostilas e em breve produzirei também minhas peças.
Parabéns, mil vezes parabéns pelo trabalho e pelo ser especial que vc é!!!
bjsssssssss,
Débora
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